Sorvete
História no Brasil
No
Brasil, os cariocas foram os primeiros a experimentar a delícia gelada
que vinha ganhando o mundo. Em 1834, o navio americano Madagascar, vindo
de Boston, aportou na cidade do Rio de Janeiro com cerca de 200
toneladas de gelo em blocos. O objetivo: fazer sorvete, claro! Os blocos
de gelo foram armazenados com serragem em depósitos subterrâneos e
conservados por aproximadamente cinco meses.Como
naquela época não havia como conservar o sorvete depois de pronto, as
sorveterias anunciavam a hora certa de tomá-lo, causando alvoroço na
cidade. Até as mulheres, que então eram proibidas de entrar em bares,
cafés e confeitarias, resolveram quebrar o protocolo e fizeram fila para experimentar a novidade.O
sorvete começou a ser distribuído em escala industrial no país em 1941,
quando nos galpões alugadas da falida fábrica de sorvetes Gato Preto,
no Rio de Janeiro, instalou-se a U.S. Harkson do Brasil, a primeira
indústria brasileira de sorvete. Seu primeiro lançamento em 1942 foi o Eski-bon, seguido pelo Chicabon. Dezoito anos depois, a Harkson mudou o seu nome para Kibon.
Os
anos se passaram e o sorvete caiu mesmo no gosto do brasileiro. Segundo
a Associação Brasileira de Indústrias de Sorvete (ABIS), em 2006
tivemos um consumo de 507 milhões de litros. Mas, apesar do aumento do
consumo, a taxa em torno de 2,7 litros por pessoa ao ano ainda é baixa,
se comparada com outros países de clima frio ou com a Nova Zelândia, campeã da lista. Por lá a média ultrapassa 26 litros por habitante!
Para
incentivar o consumo de sorvete o ano todo e não apenas no verão, a
ABIS instituiu o dia 23 de setembro como o Dia Nacional de Sorvete. Se
você é fã da guloseima, delicie-se, mas com moderação. Afinal, a maioria
dos sorvetes contém alto índice de gordura saturada e hidrogenada. Dê
preferência aos picolés de fruta ou a outros sorvetes sem gordura, que
são muito mais saudáveis.
Um convite para tomar um sorvete é sempre o começo
de uma boa história
Que delícia que é quando a temperatura aumenta. Corremos para
a praia, vestimos roupas leves, ou simplesmente nos largamos numa mesa ao
ar livre, o papo correndo solto... Mas o bom mesmo é aquela vontade
que dá de parar na primeira sorveteria e se deliciar com a dúvida
nada cruel sobre qual sabor escolher entre os tantos que surgem a cada nova
temporada. Mas nem só de verão vive o sorvete, ao contrário do que
muitos podem imaginar. Afinal, se assim fosse, países nórdicos,
como a Suécia e a Dinamarca, que estão entre os maiores produtores
da iguaria, não teriam a tradição de se esbaldar num
alimento tão refrescante. Nesses lugares, o consumo nacional percapita é de cerca de 20 litros
por pessoa/ ano, enquanto no Brasil, pasmem!, ainda consumimos apenas 3,5
litros. Segundo dados da Abis – Associação Brasileira
da Indústria de Sorvetes, 70% das vendas no país concentra-se
entre os meses de setembro e fevereiro.
O grande desafio dos brasileiros é justamente alterar esse perfil
de consumo. Em estações mais quentes, sempre aumenta bastante
a procura por sorvetes de frutas, feitos à base de água. Já
em períodos mais frios, os sabores cremosos, à base de leite,
são as vedetes da estação. E pode tomar sem culpa. O sorvete é uma delícia muito nutritiva,
grande fonte de energia. As calorias? Acredite: 100 g de sorvete (186 kcal,
com leite) são bem menos calóricas que a mesma quantidade de
pão francês (269 kcal) e até mesmo de leite desnatado
(351 kcal).É um alimento quase completo: dependendo de sua composição,
ele oferece proteínas, açúcares, carboidratos, gordura
(vegetal e/ou animal), vitaminas A, B1, B6, C, D e K, além de cálcio,
fósforo e outros minerais essenciais. Para quem se preocupa com o açúcar,
não faltam por aí versões dietéticas das mais
saborosas.
Então, faça chuva, faça sol, que tal balancear sua dieta
nutricional com aquela taça de banana split ou mesmo com um simples
picolé?
Sorvete, Tentador e Revolucionário
A origem do sorvete ainda gera algumas discussões. A maioria dos estudos
sobre o assunto relata que ele foi “inventado” na China há
mais de 3 mil anos. Era uma pasta de leite de arroz misturado à neve,
mais parecendo as nossas raspadinhas. Na Roma antiga, ele já servia
ao paladar dos mais abastados. O imperador Nero mandava seus escravos às
montanhas em busca de neve. Eles voltavam correndo para dar tempo de usá-la
para congelar o mel misturado a polpa de frutas.
Mas o grande boom do sorvete na Europa veio junto com o do macarrão,
quando, no século 13, o viajante Marco Polo trouxe diversas novidades
do Oriente. Entre elas, uma mistura de água, gelo e frutas, muito parecida
com os atuais sorbets. Os sorvetes cremosos, à base de leite e com
sabores variados, surgiram por volta do ano 1600.
O rei Carlos I, da Inglaterra, mantinha guardada a sete chaves a receita
de seu crème ice (que quer dizer “creme de gelo”, como
o ice cream, em inglês), que o cozinheiro do palácio acabou divulgando
somente após a morte do monarca. Estava inaugurada uma nova era do
sorvete na Europa, que foi sendo cada vez mais elaborado na França
do século 18.
A moda chegou ao outro lado do Atlântico, e dizem que o ex-presidente
americano Thomas Jefferson tinha sua própria receita de baunilha –
até hoje um dos sabores mais populares do mundo. Já George Washington
teria pago quase 200 dólares (uma fortuna para a época), por
uma receita específica da iguaria gelada.
De qualquer maneira, havia ainda um problema. Sorvete era só para
a elite, e tinha que ser feito praticamente na mesma hora do consumo. Em 1875,
veio a revolução: o alemão Carl von Linde inventou a
geladeira (mais tarde os freezers seriam ainda mais úteis). Antes disso,
a única máquina disponível para fabricar sorvetes, criada
pela americana Nancy Johnson, era manual – mas já havia possibilitado
a comercialização do produto graças a uma mistura de
sal e gelo. Foi com ela, aliás, que o leiteiro Jacob Fussel, para incrementar
as suas vendas, começou a produzir sorvete em grande escala e inaugurou
a primeira loja do mundo, em 1851, na cidade de Baltimore.
No Brasil, uns dizem que a Bahia foi o primeiro lugar a conhecer o sorvete,
trazido pelos portugueses no final do século 18. Outros consideram
que sua chegada foi em 1835, com um grande carregamento de gelo que aportou
no Rio de Janeiro vindo dos Estados Unidos. Como ele tinha que ser consumido
na hora, as poucas sorveterias existentes no século 19 anunciavam a
hora que a próxima leva ia sair. Era um corre-corre. Em grande escala,
só começou a surgir em 1941, quando foi fundada a primeira fábrica,
a Gato Preto.
O sorvete contribui até mesmo para a mudança do comportamento
feminino. De acordo com o escritor Gilberto Freyre, ele foi a desculpa que
faltava para a liberação social das mulheres, que passaram a
invadir as confeitarias antes freqüentadas apenas por homens. Sorvete
é puro deleite.
Curiosidades sobre o Sorvete
Escolha o seu sabor , 100 gramas de sorvete têm 186 calorias. Ele
é fonte de proteínas, carboidratos, vitaminas A, B1, B6, C,
D e K, além de cálcio, fósforo e outros minerais.
Cristais de gelo com leite ou água
O sorvete é preparado com uma mistura de cristais de gelo com leite
ou água (se for um sorbet), além de açúcares,
gordura de manteiga ou creme de leite, emulsificante, espessante e ar. O teor
de gordura desta calda-base varia de acordo com a mistura feita, que pode
ser de baunilha, morango ou chocolate em pó e cacau.
Taça sundae
A famosa taça sundae tem esse nome porque, quando inventada, no século
20, nos Estados Unidos, era servida somente aos domingos. A grafia, no entanto,
ficou diferente de Sunday porque o domingo era considerado um dia sagrado.
Quem inventou a casquinha?
Os cones crocantes ficaram famosos em 1904, durante uma feira de alimentos
na Louisiana. Um imigrante sírio havia levado um pouco de zalabia,
uma massa parecida com waffle, e, na falta de pratos de papel para servir
seus sorvetes, resolveu colocá-los em cones de massa crocante. Na mesma
época, no entanto, mais de 50 vendedores de sorvetes reclamaram a invenção
como sua, pelo mesmo motivo. Outros atribuem a inovação a Italo
Marciony, um imigrante italiano que cansou de ver seus clientes quebrando
os copos de vidro em que servia os produtos.
Receita de Bolo de Sorvete Muito Fácil
Tempo de preparo: Até 30 minutos
Modo de preparo da receita:
Em uma forma de bolo inglês, passar um filme plástico para facilitar desenformar. Cortar o bolo em fatias. Colocar uma fatia no fundo e nas laterais. Colocar uma camada de sorvete, uma de doce de leite e outra de sorvete e finalizar com uma fatia de bolo. Voltar para o freezer. Quando o sorvete estiver firme outra vez, tirar o plástico e cobrir com chantilly (pode usar Ganache também). Simples assim!
Dica: Para decorar, corte lâminas de morango e arrume por cima.
Rendimento: 6 porções
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